18.5.11

No clima de Vila-Matas

Vila-Matas lança, hoje, aqui no Instituto Cervantes de São Paulo, o seu Dublinesca, precedido por um bate-papo. Com uma temperatura de primavera irlandesa [e também catalã] - cerca de 15ºC agora -, já vesti, sob o pulôver, a camiseta preta que comprei em maio de 2001 (ou seja, há dez anos) no Dublin Writers Museum, que estampa os seguintes nomes numa estante estilizada, em letras brancas: Joyce, Swift, Behan, Wilde, Shaw, O'Casey, Beckett e Yeats. Pelo que sei, no mínimo dois desses estão na trama do novo livro, que ainda não li. Acabo de ler (e de resenhar), no entanto, Breve História da Literatura Portátil, do mesmo autor. O texto foi publicado, com alguns cortes, há menos de uma semana, no EU&Fim de Semana do Valor. Mas... continuando. Tentei fazer um irish coffee para manter o clima e relembrar velhos tempos: no início de maio de 2001, tomei, às 10h30!, o primeiro autêntico irish coffee da minha vida, num local tradicional, The Red Fox Inn, a meio caminho entre Killorglin e a cidade cênica de Glenbeigh, no Ring of Kerry, Irlanda. Delícia. Infelizmente, o que fiz ficou fraco. Bah. Mas a camiseta vai sub-reptícia, digamos nas entrelinhas do meu vestuário, principalmente porque já está um tanto ruça. O bate-papo será às 20 horas. Vou de ônibus e descerei quase na porta, daqui a pouco. O horário é ingrato, mesmo que entre minha casa e o Instituto Cervantes, no fim da av. Paulista, a distância não chegue a 5 km. Enfim, me verei frente a frente com este que é um dos meus escritores favoritos e de quem só não li (na tradução em português) Viagem Vertical. Ainda "contaminada" pelo espírito dos portáteis, carrego dentro da bolsa o Breve História da Literatura Portátil, cujo exemplar é devidamente menor do que os outros publicados pela Cosac Naify, para ver se abiscoito um autógrafo. Depois eu conto.